29 de junho de 2008

Tecidos.

Descobri: bom mesmo é ser vendedor de tecidos - ninguém rouba nada enquanto você não está de olho.

Disse eu:

Escrevo QUASE todos os dias - mas é em blog, aí não vale.

PROMETO:

- arrumar o guarda roupas
- fazer um template para esse blog
- escrever algo que interesse alguém.


tenho dito.

20 de junho de 2008

Grito ao mundo inteiro

Não quero dinheiro
Eu só quero amar!...

Só não sei o que dura menos na minha mão: amor ou dinheiro.

18 de junho de 2008

Não entendo de futebol.

Concluo que: os argentinos são tudo uns gostosos e que o Lucio (infelizmente a gente demu uma má sorte no primeiro tempo) está cada dia pior e que técnico da seleção é tudo burro.

Esperto mesmo é o torcedor, que gasta a noite assistindo isso.


16 de junho de 2008

Antes de ontem.

Tive vontade de chorar até dormir mas acabei dormindo para não chorar.
Acordei assustada, com medo de cair, foi quando descobri que já estava no chão.

15 de junho de 2008

Afagos.

12 de junho de 2008

Fica aí a metáfora.

Certo dia, alguém muito atento (mas não precisaria ser) me disse: você não gosta de nenhuma data comemorativa. Por mais óbvio que isso possa ser talvez eu nunca tivesse contabilizado o fato. Mas já que agora eu contabilizei, lá vou eu:

Algumas datas, como a páscoa não dão vontade de escrever. Vou falar sobre o quê!? Sobre os coelhos e seus ovinhos...? Acho que não. Porém existem outras datas em que eu dedico alguma espécie de atenção.

Dia dos Abobados Namorados é uma delas, claro que é. Hoje não vou dizer que isso é insano, que rosas estão démodé e que poderíamos viver feliz se a nossa sociedade não nos coagisse a ter um parceiro (de preferência numa coisa bem hétero). Não vou falar isso porque já falei todos os outros anos da minha vida.

Hoje vou contar uma historinha: era uma vez uma mocinha andando de calça de lycra (sim, as temíveis) por uma avenida bem movimentada. Estava tomada pelo suor apesar dos 9 graus que faziam na rua e sua face possuía um avermelhado que entregava a prática de alguma espécie de esporte. Em suas mãos, erguidas, carregava um vestido da Branca de Neve, todo engomadinho e revestido por um plástico protetor.

Não é preciso citar que o vestido da Branca de Neve chamou a atenção de todos. É também fácil prever que ela ouviu algumas piadinhas machistas. Enfim, ela era quase um ser bizarro, um happening.

Do outro lado da história está a carregadora da Branca de Neve, que estava exausta e não agüentava o peso do vestido nos seus ombros, mas morria de medo que ele se arrastasse no chão ( a lavanderia tinha sido demasiadamente cara). Na sua frente parecia haver apenas casais e carregadores de flores. Alguns dos casais andavam abraçadinhos e outros contavam histórias, conversavam. Os carregadores de flores apenas carregavam, quando muito faziam alguma gracinha sobre os contos da Disney. Durante todo o penoso percurso ela observou e concluiu: eram seres quase bizarros, um bando de happening.

Feliz dia dos namorados.

Tudo filho mais novo.

Das lições que diariamente aprendemos na vida, algumas até ficam. Hoje meu amigo ex quase inimigo me disse que eu generalizo demais. Não é porque ele é filho mais novo. Certeza.

4 de junho de 2008

O silêncio não existe.

E agora, mais uma vez, formulei a mim mesmo a pergunta: eu a amo? E, mais uma vez, não soube responder, ou melhor, pela centésima vez respondi que a odiava. Sim, ela me era odiosa.

[Dostoiéviski em Um jogador]

(falando por mim)

ao flor:

sorte, pura sorte.

3 de junho de 2008

O país da Burocracia.

Feliz que arranjou um emprego com carteira assinada? Prepare-se.

Não, seu emprego será ótimo, mas prepare-se para uma burocracia gigantesca apenas para preencher uma página da sua carteira.

- Xerox da sua identidade, CPF, título de eleitor e comprovante de residência.

- Não esqueça de uma linda foto 3x4 e do exame médico.

Depois da maratona de juntar tudo isso para o contador/empregador, trabalhar vai ser mole.

2 de junho de 2008

Meus ideais não pagam as minhas cervejas.

E não pagam mesmo. Mas fica a dúvida se eu não me vendi ao mundo machista e hipócrita.

Mas é como dizem né, a ocasião faz o ladrão.

1 de junho de 2008

Espelho sujo.

Tenho que admitir: o Orkut me desafia. Quando ele me pergunta sobre livros, músicas ou atividades ele está sim me desafiando. Faz perguntas simples e eu as respondo se bem entender e mesmo com todo esse ritual simplório eu me sinto desafiada.

Quando o campo “esportes” não tem o que responder ou quando o “par perfeito” está longe de ter resposta justa, fico desnorteada. Como saber as minhas comidas preferidas ou o que mais chama atenção em mim?

E nessa coisa de tentar resolver os enigmas das perguntas ingênuas e tentar parecer algo mais interessantes aos visitantes desconhecidos fico me questionando sobre a vida. E dá-lhe terapia.

O mostro 4 por 4.

Ando com vontade de escrever como quem quer chocolate na TPM, porém os tantos assuntos que vêem na minha cabeça não parecem ter começo, meio e fim. Não parecem ter pé e muito menos cabeça.

Eis que como se a minha vida fosse dirigida pelo Woody Allen estou voltando para casa pensando no quão somos irresponsáveis e no como dirigir é algo sério, visto que uma das meninas que trabalham comigo entrou no meu espaço aos prantos por ter acabado de perder uma amiga no trânsito.

Pensando sobre o assunto, observo a avenida e toda sua quase sintonia. Um cãozinho olha pro nada como se estivesse passeando no campo e de repente com toda a fúria que um carro 4x4 tem, uma Ranger esmaga o pequeno animal sem nenhuma espécie de remorso. Sua única preocupação era não perder o sinal, que estava fechando.

Não vale a pena discutir o que o cão fazia na rua ou o excesso de velocidade do motorista. Não adianta em nada discutir, não adianta em nada escrever. Fico só pensando onde iremos parar, onde nada ou quase nada tem valor.