13 de março de 2010

Futuro do passado

Detesto não ter controle de algo. Apesar disso, não tenho controle nem mesmo dos meus movimentos. É como poder afirmar que cinco minutos da minha presença numa cozinha irá gerar um incêndio.

Detesto /querer/ controlar o mundo.

Eu sei, você é incapaz de adivinhar o que eu penso.
Sei também que não é exatamente sua culpa. Nem minha.
Quero te falar várias coisas enquanto você dorme. Não quero falar com você enquanto acordado.
Vou te esmagar e arrancar seu rim com os dentes.
Eu não dou a mínima do que você me diz, mas me irrita lembrar de suas frases durante todo o dia.
Não quero saber do terremoto do Chile, nem da divertidíssima festa que eu perdi.

Saudades do tempo que não vivi.

De repente me lembrei porque escrevia. E foi esse o único motivo para (querer) voltar.

É que sou chata, difícil de lidar, teimosa e diversas vezes grosseira. Se continuar me aprimorando, tenho um brilhante futuro em querer ser Bukowski.

São as pessoas chatas as que precisam escrever. Se fossem legais os escritores (aka blogueiros), eles estariam bebendo cerveja com os amigos, mas não, estão sós. E estar só, significa estar com um bloquinho sendo anotado (mesmo com dez pessoas em volta, bebendo cerveja) ou, neste caso, estar só é apenas estar acordada quando o outro dorme.

Só que mesmo a criatura mais má, negra e com olhar das trevas necessita falar. Aí ela fala, com o seu infeliz blog, com seu infeliz amigo away no gtalk. Fala também com os animais. E ainda acaba com "prontofalei", para ser MUDERNA.

Adoro gente MUDERNA.