21 de setembro de 2008

Cotidiano

Que queiras me atingir com suas grosserias gratuitas considero muito compreensível. Tenho total convicção de que você possui os seus motivos (mesmo que estes não sejam lá muito racionais) e julgar o conjunto da obra seria mais insano do que desejar uma verdade única para as coisas. Todavia durante anos lhe dedico posts e o acontecimento não é o que você faz - o que realmente me incomoda é o porquê eu não sei dizer: pouco importa.

Mais de cem anos.

"Não se perde nada em parecer mau; ganha-se quase tanto como em sê-lo"

(Machado de Assis)

10 de setembro de 2008

Washington post

Foi quando me disseram que essa coisa metafórica não rolava com o povão (vulgo público-alvo) que eu pensei: cadê a credibilidade no próprio povo?

Os comerciais eram lindos, auto-explicativos e irritantes. Sempre admirei o trabalho do Washington Olivetto ( o cara é genial apesar do ego gigantesco) e quando soube que ele faria a campanha do Vota Brasil 2008 eu fiquei até um pouco eufórica.

Não precisei ver os comerciais com muitas pessoas para logo ouvir o temível comentário: O quê!? Povão entende isso não! Foi aí que defendi, criei teses, justifiquei como se fosse o fim do mundo. E era. Eles tinham razão. Todos eles.

Creio que poucas pessoas além de mim e Washington sabiam que poderiam acreditar nos moradores do país da piada pronta (vulgo Brasil), mas nós acreditávamos. Quatro anos andando em círculos, sapateando e chorando... isso nem metáfora é (aliás, antes fosse). Seria possível que alguém não compreendesse as cenas gravadas num marasmo sépia?

Apesar dos comerciais super explicativos e bem bolados, de nada eles serviram já que o público destinado não absorveu a mensagem como deveria. Os comerciais foram trocados por outros um tanto taxativos e simplórios, porém compreensível a massa miúda.

De tudo isso só tenho vontade de cantarolar Que país é esse... Mas é 80’s demais para mim.

Então encerro as minhas lamúrias dando a dica para o Olivetto nunca mais ser incompreendido pelo povão: é só ser mais instintivo.

“Segura o tchan, amarra o tchan, seguro o tchan tchan tchan” – porque essa todo mundo entende.


http://www.youtube.com/watch?v=rSbofIoaVDE

Me lambe-lambe

Que eu sempre dependa do seu sexo, mas nunca do seu tédio.

Contra burguês.

Nunca mais desejo um post remunerado. Tudo ocorreu feito uma maldição e o monstro da criatividade ficou sedado durante dias.

Viva o socialismo.