15 de dezembro de 2006

Hoje, escutei Roberto Carlos contar que nunca houvera, ser humano, no mundo, que negasse gravar uma música com ele. Tão óbvio tão surreal.
Quem negaria? Promoção certa, flashs globais, chuvas de elogios.
Quem ousaria dizer que não ficou bom? Olha que ele vem tentando, agora gravou funk. Perfeito! Dirão mais, dirão que foi genial; a grande música brasileira com uma visão popular.
Acho que não é à toa que o cara é cheio das manias, das neuroses, das doenças. Ter tudo e nada ter. Pobre menino rico!
O importante da vida é poder criticar, poder reclamar.
Tem sol demais, não chove nunca. Droga, essa chuva que nunca pára.

28 de outubro de 2006

Ó, a televisão... Grande invenção, responsável por mudanças na sociedade e seus hábitos. Tem de tudo, 24 horas por dia, amiga compreensível.
Que tal um pouco de música? Vários canais para isso.
Política? Overdose de informações.
Enredos mirabolantes? História que deixam vários e
scritores no chinelo.
Notícias sobre o mundo? As merdas do Bush? Os resultados da loteria?
Flamengo x Vasco? Tem sim, tem tudo isso.

Ligar na MTV e ouvir Candy Shop? Sim, um cara mostrando ter dinheiro e oferecendo pirulito pras meninas...
Zapear até a grandiosa Globo e assistir a novelinha água com açúcar? Antes tente as mexicanas do SBT!

CNN? Tudo de ruim no mundo, quanto privilégio!

Ah caro amigo, saia do computador... e não ligue a TV!



18 de outubro de 2006

Tentativo. Tentador. Testículo. Ternura. Trabalho. Triciclo. Tenro.

Qual texto você gosta mais?

1 de outubro de 2006

Collor e Sarney senadores. Maluf e Clodovil eleitos pelos paulistas. Roseana favorita no Maranhão.
Debates montados.
O Brasil é tão bom quanto seu voto.



"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros" (Che Guevara).

21 de setembro de 2006


O país do Carnaval.

É no Brasil que as mulheres saem quase nuas, posam feito loucas para os fotógrafos no carnaval. É aqui que as calças da Gang, super baixas e colodas, tem um mercado infinito.
Mas enquanto o time brasileiro de basquete (perde) com calções largos, são as australianas que vêem pra cá jogar com seus macaquinhos super sexy. Esse preconceito, é nosso.

17 de setembro de 2006

Analisando

Pegue os recados mais antigos.
Junte as fotos mais amareladas.
As mais novas também.
Converse com suas tias. Pergunte.

Conta de água. Telefone do ex anotado no guardanapo. Pulseirinha do Senhor do Bonfim que a prima trouxe da Bahia.

Músicas compostas em momentos tristes. Resultado de canastras na madrugada na praia. Poemas escritos sob efeito de substâncias.

Somos o que não parecemos e parecemos o que não somos.



"Somos aquilo que fizemos repetidamente"
Aristóteles

5 de setembro de 2006

Vida longa ao oportunismo!

Dos cânceres do mundo, tem um que me anima: o oportunismo! Que agricultura ou petróleo que nada, o oportunismo é que é o verdadeiro motor brasileiro.
Exemplo belíssimo e sempre presente é o tal do ano eleitoral! Que maravilha! Repartições públicas a todo vapor, funcionários motivados e aumentos aos professores da rede pública!
130 milhões de eleitores? Mas que maravilha, no Brasil até mesmo os indígenas super isolados votam.
Essa coisa toda funcionando, na selvageria em busca de votos é lindo de se ver! Afinal, o comerciante que odeia esperar a boa vontade da velha preguiçosa para marcar horários no posto de saúde vota! O adolescente que só conhece TV quando o Globo Repórter vai fazer reportagem, também vota!
Mas o que mais me fascina, é o fim do voto secreto! Sim, mesmo com o “árduo” problema que isso causará aos parlamentares, ele foi aprovado... Novamente, é o bom e velho oportunismo, tramando por trás das decisões. É ou não é a solução do Brasil?
Não sejamos injustos, o oportunismo é um cara ágil, de longe ele não é brasileiro (apesar de adorar essa grande nação!) e não vive só na política. Ele é mundial, é hype, ta em todas as festas e eventos. Na televisão mesmo, não sai de lá.
O idoso, que antes ou era caduco nos filmes de comédia ou sábio nos filmes japoneses, hoje é tenista, pegador e surfista. Nada como direito a empréstimos com desconto em folha ou aquisição para compras. E as modelos mais velhas? Consciência? Nova tendência? Ruguinhas agora são tudo?
Vestido de Prada com sapatos Dior ou usando um discreto bermudão com havainas, o oportunismo está em todos os lugares, sempre de olho em você. Se há males que vêem para o bem, ele está ai pra provar isso. Ou não.

2 de setembro de 2006

Pensei em escrever ao Sr. Renan Calheiros, mas decidi deixar isso pra depois.
Pensei em discutir sobre as pizzas doces. Plutão me veio à cabeça.
Feira ruim não tem jeito... Esperem pela próxima safra!

Garçom, a conta por gentileza.

27 de agosto de 2006

A rica beata

Em dias corridos ou cansativos algumas coisas nos chamam a atenção, nos fazem parar por um segundo ou dois. Pode ser um belo sorriso infantil ou uma miséria horrorosa, pode ser também um perfume que passa e nos remete a uma boa lembrança. Hoje, o que me fez parar foi a capa de CARAS.
Surpreendente! Ninguém podia perder... O casamento da Luciana Gimenez. Obviamente, a CARAS era a única revista convidada para o evento. Vestida feito uma beata, com as sobrancelhas grossas e uma maquiagem que nem sequer brilhava e só tampava as olheiras chamaram muito a minha atenção. Um casamento, famoso, discreto e logo da (agora) Sra. Gimenez Olhem para mim. Alguma coisa ai tem...
Durante as tarefas do dia, eu olhava pro lado e enxergava a Gimenez brincando no balanço do playground. Mais tarde a vi ajudando com a louça suja. Luciana também me acompanhou na volta para a casa. Não tinha como, só a esqueceria quando conseguisse desvendar o mistério beato.
Como uma agente federal, colhi informações, entrevistei suspeitos e visitei supostos locais do crime. Primeiro pensei no óbvio, aquela coisa "só pode ser coisa de estilista, essa moda cada dia mais estranha!". Mais tarde soubera que ela tinha casado em Ilha Bela, num casarão antigo, que nem aparecia devido o excesso de toldos para evitar que a chuva estragasse o visu elaborado dos restritos duzentos convidados. Hum, casamento em lugar estranho, casa antiga, roupa beata. Não! Óbvio demais! Precisava me aprofundar. Resolvi pensar que ela tinha entendido que viver pra beleza era um desperdício, logo usara seu casamento para mostrar essa nova fase. Erro! Ela é modelo, seria uma atitude muito imbecil da parte dela. Ela não está podendo fazer essa cena toda. Dizem que modelos são burras, mas não é pra tanto.
Só pude realmente me despedir de Luciana hoje à noite, enquanto comia. Lá estava ela (de verdade agora) na televisão, toda faceira falando sobre seu casamento. Era a hora, precisava entender tudo aquilo. Como uma amadora, só recorri ao passado histórico de Gimenez na minha última tentativa. Lembrei que ela era a do Mick Jagger, uma jogadora de primeira. Lembrei também que ela comanda aquela beleza de programa na Rede TV.
Ueba! Agora era só ligar os fatos. Casando com o vice-presidente da empresa que ela trabalha! Ponto Luciana! Ponto pra mim também! Uma pena que o povo seja maldoso e troca o "amor" das suas palavras por algo como "golpe" ou "dinheiro". O povo fala mal, mas nunca de uma menina de família. O povo fala de quase todas, mas sempre perdoa as religiosas.

24 de agosto de 2006

Duas séries máximas.
Se tem uma coisa que o mundo deveria abolir ou pelo menos mudar consideravelmente são os tais dos abdominais. Não acredito que exista nesse mundinho, alguém que realmente, do fundo do coração, se sinta bem fazendo esse exercício-tortura.. Os que gostam, na verdade admiram os seus resultados e usam isso como analgésico. Mas claro, o destino sempre tende a me fazer piadinhas sem graça:
-Duas séries máximas.
-O que significa isso? Abdominais até a morte?
-Quase por ai...
Inevitável, não pude me conter, fui obrigada a tirar proveito dessa expressão.. "duas séries máximas". Quem será que foi o cara que inventou isso? Alguém sabe o endereço da super interessante para enviar perguntas? Não seria essa frase mais um daqueles erros de tradução? Aqueles irreversíveis, que perduram para um todo sempre?!
Acho que tal inventor pensou "vou chamar abdominais até a morte de séries máximas" acreditando que isso seria um incentivo, uma tentadora provocação, afinal era um desafio a se vencer, qual será seu máximo?
Pessoalmente, essa frase ativou o conceito preguiça em meu corpo. Considerando que teria que dar meu máximo em duas séries poderia fazer uma mais ou menos e me esforçar na outra. É claro que a outra fica na próxima eternidade.. ou treino!
Sempre tenho que escutar frases desse gênero, mesmo que expressadas por sinônimos ou eufemismo. Chefes mal humorados e professores exigentes usam isso como base da vida. Eles sempre vão querer o seu máximo e provavelmente buscam tirar o nosso melhor. Mas todo esse totalitarismo só pode ser trauma, com os abdominais, é claro! Pronto, agora tenho a quem/ o que culpar. 1, 2, 3, 4, 5...

22 de agosto de 2006

9504/97

Sempre gostei das eleições, desde a época que para mim era somente uma grande festa, cheia de bandeiras e músicas com poucas frases. Hoje ela ainda soa como festa (não deveria, né?) para mim, seja por causar gigantescos debates entre amigos ou por irritar minha mãe por alterar o horário da novela.
Mas nem só de brigas e frustrações são feitas as eleições, elas são muito mais que isso! São uma boa oportunidade, nem que seja para procurar noivos nos comícios. Ah era ótima também para as fábricas de camisetas, mas (in)felizmente esse "belo" (dizem que o belo é relativo) adereço foi desclassificado do campeonato.
Não venho através deste incentivar as pessoas a votarem conscientemente, nem estou em campanha. Tampouco sou membro de algum partido. Tudo o que quero é demonstrar meu amor à lei 9504/97, aquela que você tanto odeia e que atrasa a novela da minha mãe.
A lei que obriga os horários da TV e do Rádio mudarem. Aquela que expõe as mais nobres caras de pau deste grande país. Sem contar que agora, o horário gatruito ganhou um upgrade... legendas! Sim, se você não acredita no que está escutando pode conferir nas (minúsculas) letras logo abaixo! Talvez você esteja pensando: “Insana, gosta dessa palhaçada!” mas assume, você tem alguma preferência estranha... Eu sei que tem. Vá lá.. Vamos combinar, hoje você assiste ao horário eleitoral, sem preconceitos e amanhã me conta como foi, okay? Por que você faria isso?
Ora, só com o horário eleitoral e os melhores marketeiros, uma pessoa parece uma empresa enorme e organizada, uma verdadeira Votorantin. Só nesses 50 minutos, as pessoas deixam de ter partido, elas são candidatas na cara e na coragem. É a única lei que nos oferece em horário nobre discursos de presidentas e não oportunistas injustamente acusados por mídias compradas. Lá, a educação é a mais nova solução para os problemas sociais do Brasil.
Você acessa o Getty Images em busca de belas imagens? Assiste Friends para dar boas risadas? Lê Rolling Stones para saber que músicas estão na cabeça (e nos iPods) do povo? Não perca mais tempo! Vá encontrar tudo isso num só lugar: o horário eleitoral! E eu nem preciso informar o horário, com certeza será no exato momento em que você ligar a sua TV.