Foi quando me disseram que essa coisa metafórica não rolava com o povão (vulgo público-alvo) que eu pensei: cadê a credibilidade no próprio povo?
Os comerciais eram lindos, auto-explicativos e irritantes. Sempre admirei o trabalho do Washington Olivetto ( o cara é genial apesar do ego gigantesco) e quando soube que ele faria a campanha do Vota Brasil 2008 eu fiquei até um pouco eufórica.
Não precisei ver os comerciais com muitas pessoas para logo ouvir o temível comentário: O quê!? Povão entende isso não! Foi aí que defendi, criei teses, justifiquei como se fosse o fim do mundo. E era. Eles tinham razão. Todos eles.
Creio que poucas pessoas além de mim e Washington sabiam que poderiam acreditar nos moradores do país da piada pronta (vulgo Brasil), mas nós acreditávamos. Quatro anos andando em círculos, sapateando e chorando... isso nem metáfora é (aliás, antes fosse). Seria possível que alguém não compreendesse as cenas gravadas num marasmo sépia?
Apesar dos comerciais super explicativos e bem bolados, de nada eles serviram já que o público destinado não absorveu a mensagem como deveria. Os comerciais foram trocados por outros um tanto taxativos e simplórios, porém compreensível a massa miúda.
De tudo isso só tenho vontade de cantarolar Que país é esse... Mas é 80’s demais para mim.
Então encerro as minhas lamúrias dando a dica para o Olivetto nunca mais ser incompreendido pelo povão: é só ser mais instintivo.
“Segura o tchan, amarra o tchan, seguro o tchan tchan tchan” – porque essa todo mundo entende.
http://www.youtube.com/watch?v=rSbofIoaVDE