28 de dezembro de 2008

Experimentos de verão (parte 1): forró.

Elisinha não precisou me convencer, costumo confiar nela e aceitei o desafio. A noita tava boa, quente e estrelada. Como somos mulheres, chegamos cedo para não pagar entrada (daquelas vantagens que as neo-feministas de plantão fingem não ver) e ficamos lá, esperando o lugar abrir. De dentro, fiquei menos assustada. Havia uma mesa lateral imensa, que margeava todo o salão. Tampo de fórmula (um clássico dos botecos) e banquetas construtivistas. Hype mesmo eram as luzes vermelhas que iluminavam a baladinha e me deram vontade de tirar uma lomo da bolsa e fazer fotografias narcisistas ao extremo. Mas bonita mesmo, era a vista de lá – talvez pela minha imensa vontade de fugir – embaixo da festa (que ficava numa espécie de segundo andar) tinha a rua movimentada e bem no final do horizonte tinham luzes, o que me fazia supor que no breu entre a rua e o horizonte havia uma paisagem bem bonita. Sobre as pessoas, era fácil definir estereótipos: meninas de saião e sapatilha, apesar das novas versões de salto (as fakes forrozeiras, soube com o passar do tempo) e os meninos, de all star (é, all star) e bermuda. Pessoas mais felizes do que bonitas. Mais simpáticas do que compreensivas. Como se fossem a Dani Carlos, todas as músicas tinham versões em forró. Desde aqueles sambinhas roots até uns rockzinhos. Divertidíssimo. Pânico só na hora de troca de músicas, onde sempre vinha alguém me convencer a dançar. Ninguém conseguiu. Comprei um coca e assisti tudo com a minha lomo imaginária. Fiz 128 fotos.

Um comentário:

marina disse...

128 fotos? um bom número.
vou fazer uns mods na minha instamatic11, será quaaase uma lomo. hiuahiua