28 de dezembro de 2008

Pois não pense que eu esqueci.

Não importa se ela me faz sorrir, me traz otimismo e vontade de sair à noite. Não importa se ela enlouquece com as minhas brigas (com terceiros) ou se ela sabe o que tem dentro do meu coração. Não importa se ela é doce e aceita várias coisas para me ver feliz. Não importa porque isso é o que ela faz existindo na minha vida. Só que seus encantos são muito maiores e alcançam muito mais gente. Ela é super da família e minha tia mima ela fazendo pães de queijo. Se estica feito gato e me incentiva a praticar algum esporte, mesmo que em geral eu a leve mais para beber vinho do que caminhamos pela beira mar. É com ela (e mais uns aí) que eu vou desbravar o mundo e subir o Machu Picchu. É com ela que eu compro blusas por dez reais e me sinto gringa. Mojito ou pão com tomate e cenouras, correr na beiramar ou comprar garrafão na cantina do vinho, Rio de Janeiro ou Lima – pouco importa, o que não consigo suprir, superar ou esquecer é a imensa vontade de te ter ao meu lado. Todos os anos, no final do ano, eu penso em como tudo foi e eu sempre, sempre sei que tudo foi melhor, porque você esteve aqui do meu lado. Te amo (pelo menos até o ano que vem) com todas as minhas forças. Hasta luego! Feliz aniversário Joan!

Experimentos de verão (parte 1): forró.

Elisinha não precisou me convencer, costumo confiar nela e aceitei o desafio. A noita tava boa, quente e estrelada. Como somos mulheres, chegamos cedo para não pagar entrada (daquelas vantagens que as neo-feministas de plantão fingem não ver) e ficamos lá, esperando o lugar abrir. De dentro, fiquei menos assustada. Havia uma mesa lateral imensa, que margeava todo o salão. Tampo de fórmula (um clássico dos botecos) e banquetas construtivistas. Hype mesmo eram as luzes vermelhas que iluminavam a baladinha e me deram vontade de tirar uma lomo da bolsa e fazer fotografias narcisistas ao extremo. Mas bonita mesmo, era a vista de lá – talvez pela minha imensa vontade de fugir – embaixo da festa (que ficava numa espécie de segundo andar) tinha a rua movimentada e bem no final do horizonte tinham luzes, o que me fazia supor que no breu entre a rua e o horizonte havia uma paisagem bem bonita. Sobre as pessoas, era fácil definir estereótipos: meninas de saião e sapatilha, apesar das novas versões de salto (as fakes forrozeiras, soube com o passar do tempo) e os meninos, de all star (é, all star) e bermuda. Pessoas mais felizes do que bonitas. Mais simpáticas do que compreensivas. Como se fossem a Dani Carlos, todas as músicas tinham versões em forró. Desde aqueles sambinhas roots até uns rockzinhos. Divertidíssimo. Pânico só na hora de troca de músicas, onde sempre vinha alguém me convencer a dançar. Ninguém conseguiu. Comprei um coca e assisti tudo com a minha lomo imaginária. Fiz 128 fotos.

9 de dezembro de 2008

Sinestesia entorpecida

Fico na dúvida se é teu cheiro gritante ou tuas frases vermelhas que me deixam assim, tão desalentada.

Ohhhhh You're changing your heart
Ohhhhh You know who you are
Feist