30 de janeiro de 2008

Tentando contato.


Vontade de escrever, porém falta a velha inspiração. Você até pode julgar que para tamanha besteira não há necessidade de inspiração, mas acredite: precisa de muita.
Descobri que definitivamente sou um extraterrestre e não pertenço a essa cidade.

Eu não quero jamais me sentir
Como me senti naquele dia.
Me leve para o lugar que eu amo,
Me carregue durante todo o caminho...
É difícil de acreditar que não existe ninguém lá fora.



Red Rot – Under the brigde
– a clássica dos luaus.

28 de janeiro de 2008

sem título nem nexo.

hoje o assunto é: você.

Eu te conheci e com certeza foi por um bom motivo.
O como as pessoas se encontram, se conhecem e se envolvem me intriga.
Sempre procuro ser o mais cética possível, se é que a busca disso não é prova de fé. Porém ininterruptamente busco descobrir coincidências, motivos ou fatos que podem nos ter unido.
Por que te achei lindo fazendo cara de nojo? Por que você me parecia a melhor amiga do mundo, o abraço que eu precisava naquele dia? E você? Por que eu olhei pra sua cara de rato e desejei que você nunca tivesse nascido?
Lembra daquele bar e do nosso choppinho cremoso? Lembra daquele livro que você foi vender? Consegue se recordar do calor que fazia quando nos conhecemos?
São muitas as pessoas que fizeram parte da minha vida. São muitas as que ainda fazem. Por que hoje me lembrei de você? Por que hoje quis conversar contigo até a madrugada nos cansar? E por que você não podia?
Se não há destino, nem Deus e nem o Diretor de “Efeito Borboleta”, por que algumas pessoas aparecem em nossas vidas aparentemente por nada?
Se hoje eu te considero a melhor pessoa pra conversar.
Se agora queria que você ficasse online no MSN.
Se eu queria que você nunca tivesse existido na minha vida.
Se eu preferia te ver morrer de forma trágica...
Saiba, com toda certeza: só sou eu por você existir.

21 de janeiro de 2008

O post mais idiota dos últimos cem anos.

Desde novinha, sempre adorei cicatrizes. Só de falar numa na sobrancelha e eu vou à loucura. Talvez pelo o que elas representam ou quem sabe por ser um defeito que conta história.
~
- Nossa, quê foi isso?!
- Nem me lembra, foi muito idiota. Sabe minha prima Joana que mora no Mato Grosso? Então, a gente tava apostando quem comia gelatina mais rápido e daí eu acabei batendo a testa na cambuca. Minha mãe ficou desesperada, quatro pontos.
~
Se repararmos bem, ninguém conta direito como aconteceu o acidente, afinal suas memórias ficam vivas e achamos que o curioso-perguntador está vendo a cena. Enfim, a graça maior duma cicatriz.
Certo dia, assisti a um filme que o chefão exigia uma mulher sem cicatrizes. Decidi que isso não existe. Uma pessoa sem cicatriz é uma pessoa sem passado ou um recém nascido, o que na prática é a mesma coisa. Perguntei a todos, incansavelmente se tinham cicatrizes e todos tinham.
NOTA: Uma amostragem de 10 pessoas é com certeza uma avaliação válida para o mundo inteiro.
Cicatrizes são trunfos de molecagens em sua maioria. São histórias para o verão e a prova de que tudo depois que passa vira piada.

20 de janeiro de 2008

Um conto natalino.

Eu sei, já passamos da metade de janeiro e o indicado é que os contos de natal saiam até dia 22 de dezembro, no máximo. Não venho através dessa bancar a alternativa rebelde mas busco sim cumprir com promessas velhas.
Era quente, era final de semestre e provando que o que é ruim sempre pode piorar, uma amiga me liga e diz que tem um trabalho bom para as férias (férias dela, eu ainda tinha uma defesa a exercer) e eu, mesmo sabendo do quão caro isso poderia sair, resolvi aceitar. É sempre bom testar nossos limites.
O trabalho era simples: sorrir, dar boa tarde e oferecer balas às crianças... em poucos dias eu tinha me tornado a assistente do papai Noel e era uma das responsáveis em manter a paz e os chifres da renas do bom velhinho.

UMA BREVE DESCRIÇÃO DO INFERNO
Papai Noel tinha uma casa no Shopping;
Era grande, bonita para alguns e mal acabada para outros;
Possuía muitas renas que as crianças insistiam em tentar lhe arrancar os chifres e
Por último, mas não menos importante, havia também uma fábrica de biscoitos (natalinos É CLARO).

Em resumo era o inferno na Terra.
A casa do papai Noel, apesar de todo o belo clima natalino, fervia. Para muitos ela não passava de uma jogada política, para outros uma jogada de marketing e para tantos outros (e por que não dizer? a maioria) pouco isso importava.
Tentei julgar inicialmente quais eram as más intenções que envolviam o empreendimento, mas cansada de tanto procurar resolvi que somente o tempo iria me dizer. Só não poderia imaginar que fedia tanto.

OS DONOS DA BOLA
A Rede de Lojas Koerich;
A AFLOV (Associação Florianopolitana de Voluntariado)
e só.

Contextualização: Florianópolis tem uma Praça tradicional chamada XV. Lá existe também a Câmara de Vereadores, que durante o final de ano costuma abrigar a Casa do Bom Velhinho. Opa! Costumava! Afinal em 2006 um grupo de cadeirantes não pôde acessar o segundo andar da mansão vermelha e verde e pediu uma solução para que a precária acessibilidade fosse revista. Como já é de praxe nas terras tupiniquins, a solução veio a cavalo: não haveria Casa do Papai Noel em 2007. Simples assim.
Eis que entra o bom velhinho e não estou falando do Papai Noel e seus milagres. O dono das lojas Koerich, inconformado com a situação diz que bancará a Casa do Papai Noel e ela será no Beira Mar Shopping, com ar condicionado e seguranças 24 horas por dia. Solicita apenas um favor, que a Primeira Dama de cidade, disponibilize a tradicional fábrica de biscoitos natalinos, afinal ela era um dos grandes sucessos da Casa localizada na Praça XV.

Seu Antônio pede, Seu Antônio é atendido. A AFLOV (já citada anteriormente) se equipa e leva a fábrica de biscoitos ao Shopping. Além de produzir os biscoitos a associação (assim como a Primeira Dama) ficaram incumbidas de distribuir ingressos para pessoas impossibilitadas de pagar os dois reais normalmente cobrados para se entrar na casa, estes eram chamados de Ingresso Social.
Era festa, era 30 de novembro de 2007 e seria o primeiro dia da Casa do Papai Noel no Shopping Beira Mar. Os biscoitos assavam e as assistentes do Papai Noel distribuíam Sete Belo para os visitantes. Não será preciso dizer que toda essa alegria não durou muito.
Duas senhoras voluntárias eram responsáveis em verificar se haveria a necessidade de deixar pessoas entrarem na casa sem pagar. O método era simples, se houvesse boa vontade no momento elas iriam avaliar a aparência do sujeito e docemente lhe perguntavam onde essa pessoa morava (ato considerado por muitos, uma validação sobre um possível voto em 2008 para a prefeitura de Florianópolis). Ao menos era como tudo acontecia no horário em que eu trabalhava.
Nunca entendi o porquê da necessidade de duas pessoas para executarem esse trabalho. Tudo o que via eram duas senhoras contando sobre suas últimas compras no Shopping e atrapalhando a saída dos visitantes (a entrada e a saída da casa eram ao lado uma da outra).
Na prática a teoria é outra, então o que acabava acontecendo eram familiares ganhando ingressos sociais para passear pela casa, o que resultou num apelido para os ingressos, que passei a chamar de ingressos social-ite. Se questionadas sobre a distribuição dos ingressos, elas simplesmente davam de ombros, certas de que nada irá afetá-las.
Um fator importante: os dois reais cobrados na entrada da casa eram para compra de brinquedos para serem distribuídos em comunidades carentes (novamente os mais maldosos diziam que isso também era para a compra de votos nas próximas eleições). Perceba que as voluntárias, que sempre se dizem tão preocupadas com as crianças, não julgavam necessária a doação dos dois reais de seus familiares.

O caso das bonecas negras.
Antes de a casa ser transferida para o Shopping não eram cobrados dois reais para a entrada e sim se pedia um brinquedo. Você trazia o brinquedo e visitava a casa. Como algumas pessoas estavam já acostumadas com a tradição, quando alguém aparecia com algum na porta de entrada, tínhamos a liberdade de deixar o visitante entrar sem o custo dos dois reais. Os brinquedos foram colocados no cenário da Oficina do Papai Noel e logo se transformaram numa grande montanha, cheia de boa vontade alheia e futura diversão e dignidade para aqueles que não poderiam pagar por um presente para os filhos no Natal. Ou não.
Nessa montanha, havia duas bonecas grandes e negras. Foram doadas por um senhor que as levou com muito carinho numa tarde ensolarada. Não demorou muito e os brinquedos de preços um tanto mais elevados que os que costumavam parar ali chamaram a atenção, a atenção das voluntárias. Elas disseram que suas netas eram loucas por bonecas negras e que estas eram objetos raros no mercado. Foi proposta a elas (por uma das dirigentes da AFLOV) que elas pudessem levar as bonecas para suas netas desde que elas trouxessem um brinquedo equivalente. Elas resmungaram e disseram que no mercado, uma equivalente custava 140 reais e que isso era injusto (?!). Tanto fizeram que cada uma acabou com uma das bonecas negras e cada uma delas foi trocadas por três bonecas. Duvido que alguma tenha custado mais de 10 reais. O argumento era simples: assim mais meninas poderiam se divertir e não só uma com uma boneca grande.

O caso do Papel de Presente.
Outro senhor levou inúmeros presentes embrulhados para as crianças carentes e os deixo na grande montanha. Ficamos entusiasmadas com a boa vontade dele e comentamos ainda sobre como deve ser importante um embrulho para uma dessas crianças. Os embrulhos foram todos arrancados pelas voluntárias com a desculpa de que seria complicado saber o que entregar para cada criança, apesar de cada embrulho ter escrito em cima “menino” ou “menina”. Não é preciso ser genial para saber as intenções delas.

O caso do Livro Ponto.
Segundo o site www.vemconcursos.com o trabalho voluntário, segundo a lei, não gera obrigações trabalhistas e previdenciárias e se constitui em “atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou entidade privada sem fins lucrativos, que tenham objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade”.
Nesses casos, necessário que seja estudada a situação concreta e a intenção das partes, a fim de se verificar se o tipo especial de trabalho não está escondendo verdadeiro vínculo empregatício. Afinal, num país como o nosso, são poucas as pessoas que, possuindo meios para sua própria subsistência, podem se dar ao luxo de exercerem filantropia em todo o seu tempo útil.
As senhoras da AFLOV cumpriam horário, assinavam livro ponto, recebiam Vale Refeição e Vale Transporte, mas usavam um colete escrito “voluntário”.
O caso “sem fins lucrativos, com dinheiro gerado com o próprio trabalho”.
Os voluntários, por assim dizer, gostavam de enfatizar aos compradores dos biscoitos que esse dinheiro era muito importante para eles, afinal era com isso que eles eram mantidos. Exceto por um pequeno detalhe, tudo isso teria passado por mim sem causar grandes problemas: no coquetel final, a primeira dama agradece a prefeitura pelos 85.000 reais dados a AFLOV e que isso foi muito importante, já que os custos totais eram de 174.000 reais. Não sei dizer se essa receita se refere à um mês ou uma década, ela não nos deus esse precioso detalhe... mas percebo que praticamente metade dessa bagunça dita solidária somos nós que pagamos, no mínimo.

Existem muitos outros fatos que poderiam ser aqui descritos, mas já venho me alongando muito mais que o planejado. Peço que reflitam sobre como andam nossas coisas e como pretendemos melhorar o mundo se toda essa baderna já se mostra estabilizada.
Se não há muito que fazer, busco ao mínimo repassar um pouco dessas informações para quem não as pode imaginar. Quando for doar algo, pense e repense: você pode estar compactuando com pessoas de má índole, tudo isso só para ser um pouco solidário, afinal é natal.

13 de janeiro de 2008

rascunho duma crônica

passei por uma cena engraçada agora
tava no ônibus, lendo
o cobrador e o motorista conversavam
de repente, ouço algo que parecia ser comigo
notei que o motorista me chamava a horas
e dizia "moça, vai descer no centro?"
aí eu "não, não, depois do parque dos patos, na constantino luz"
"ah tá"
entreguei o dinheiro para o cobrador, tava sentada na parte das velhinhas
notei que não tinha ninguém no ônibus
de certo tava vazio e ele queria tocar o pau
só o escuro, o motorista, o cobrador eu e liesel (a menina que rouba livros)
aí ele disse "desce pela frente" - sabiamente depois de pegar o meu dinheiro
eu aceitei, por saber como é trabalhar em horário inoportunos
eis que ele perguntou "quer ficar onde?"
depois de cortar o caminho e não passar pelo ponto do shopping
e me deixou na porta de casa e ainda deu uma buzinadinha de tchau
só faltou esperar eu abrir o portão.

contribuição de maika

texto retirado duma nobre conversa no msn.

Ensinamentos de Justin Timberlake.

PUFT!

Um milagre para os religiosos e/ou uma mágica para os mais desapegados a ceticismos.

Estranho, tudo o que fazia com facilidade hoje é um grande dilema. Não desconsidere, por favor, que também ganhei muitas habilidades desconhecidas anteriormente.
Olho pros lados e sim, eu me coloquei no lugar dele!

Caramba, é tudo diferente olhando daqui... realmente.
Ela disse que gostava de mim mas ela não passa de uma maluca.
Convenhamos, uma maluca um tanto diferente das outras, o que faz dela igual todas as outras, ou não... me confundo com isso.

Também, tampouco importa isso, é tudo chato e cinza. Ou melhor, é como se minha vida fosse filmada com lentes azuis, frias.

Olhando assim, por este prisma percebo que as coisas estão organizadas de formas injustas e desonestas, onde ninguém pode ser feliz realmente... quer dizer, acho que não posso e quem sabe outros até consigam. Se bem que, no meu modo particular de encarar o assunto creio que sim, eles possam obter algum tanto disso.

Mas ela, droga, por que estou preocupado com isso? Aquela tola, ela nem sabe coisa alguma que diz. Tonta, na realidade.

ALGUMAS PALAVRINHAS MEGA INTERESSANTES
Faz você querer tocá-la
Faz você querer prová-la
Agora não pare - pegue, pegue
Ela é muito mais do que você está acostumado
Oh, ela quer aquilo, uh uh (então), eu tenho que dar pra ela
Seu quadril, suas coxas, você me deixou hipnotizado, deixe-me dizer.


PUFT! (torna a aparecer)



Citação poética de Justin Timberlake, é claro.

Convenhamos, super adequada.